domingo, 28 de fevereiro de 2010

SALTO ALTO NO CHÃO

Emoções intensas. O choro vem fácil. Agora vai embora. Fácil. Transformou. É uma nova etapa. Escuto algo novo. Fragmentos. Não. A vida vem recheada de ilusões. Vazio. Parece veludo. A tranquilidade é assim. Existe uma infinidade de tempos. Uma infinidade de espaços e dimensões. Perspectivas delimitadas. Vagos momentos. Imagem em preto e branco. Eco. Existiu um tempo. Libertei meu espírito. Liberdade. Na verdade muros a pular. Disse isso a alguns dias atrás. Em outra dimensão. Escutei ao longe. Grito sem voz. Maria. Senhora dos céus na terra. Refiz com cacos. Pequenos pedaços. Para cada quebra-cabeça encaixes exatos. Mil peças. Espelhos refletem imagens. Espelhos captam realidades. O sentido define o lado de cada margem. Afino cordas invisíveis. Solidão. A única certeza. A luz determinou isso. Salto alto no chão. Apenas só. Na garganta preso um nó. Tirei a gravata. Estou farta. Apta. Virei a página. A atmosfera é incolor, mas, o céu é azul. Atravessei e cheguei na outra margem. Imagem de luz. Sonhei de verdade. Imagem da realidade. Converti. Sai do lugar. Estamos aqui de passagem.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

COISAS PARA LEMBRAR DEPOIS QUE VOCÊ ESQUECER

A infância é um momento importante em nossas vidas mas, a medida que o tempo passa e o sonho infantil de nos tornarmos adultos vai se formatando esquecemos dela rapidamente.

Meu novo projeto caminha no sentido de resgatar memórias da infância, no caso a minha infância, porém creio que a identificação será coletiva e imediata.

Não irei aqui explicar o que será ou como será. Gostaria apenas de lançar uma reflexão e de dedicar este trabalho ao meu artista favorito (Lucas) e a uma criança grande que tem o coração de quatro anos (HP)...


"Pulei o muro da escola.
Matei aula pela primeira vez.
Acho que liberdade é isso, pular muros."

(Meu Desenho, 2010 - Patrícia Viso)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010


As noites são como os dias. A verdade é um pedaço do iceberg. Semelhanças. Meus medos são de criança. Não é fácil dormir. Passam rapidamente. Alianças. A história. Não fiz nada. Chorei. O mundo me guarda. Acaso. Por tudo. Muito pouco. Escrevi em outra língua. O infinito dura pouco. Vamos aos fatos. Estranhos atos. Falar requer muita elegância. As flores do mal. Foi. É uma montagem. São sentidos. Vejo. Ouço. Texto, som e imagem. São outros sonhos para novas viagens. E a espera de você. Jazz, boleros e bossas. Lembrei de outras imagens. Desvios vermelhos, a terra e seus sons. Standhal. Reside aqui. Não posso esquecer. O filme. Bethoven. Nona. Caminho a pé. Sonhos. Amor. É verdade, vibrações sem fim. Não revelo o que esta dentro de mim. Para você: tudo. Meus segredos. Minha tristeza. Meus absurdos. Encontrei um sentido. Sentindo além de mim. Compreendo diferentes mundos. Aguardo o passar deste tempo. Necessário, doloroso e reflexivo. Acordo com o dia mas, não durmo com a noite. Choro na minha compania. O que poderia ser mais maduro?
(Foto: Patrícia Viso)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010


Sorrisos além da razão. Pensar não passa de pura imaginação. A covardia explode em profusão. A visão romântica. Existem letras. Palavras. O que se discute. Semântica. Lento é o tempo. As imagens. Sons. A constância é efetiva. Dias, meses, já se foi o século. Vasculho vestígios de um fim. Parte de mim parte. Parte de mim age. Parte de mim. Me parte. Escuto imagens. Imagino a vida se estabelecendo à tarde. Noite. Amanheceu o dia. Entrou em mim. Atravessou a rua. A meia lua vive dentro de mim. Polifonia. Aviso. Atenção. Transborda, é água. Tem um sentido vivo em mim. Ouro sem cor. As nuvens brancas cortam o céu. Poderia ser azul. Passou longe. Infernos. Corpo. Momentos exatos. Doce. Infernal a um passo do céu. Longe. Aqui. Vetores e direções. Ângulos. Incoerente instante. É só deixar sair. Portas. Janelas quase portas. Nascer. Viver. Portas abertas. Ando acima do fim. Ando acima de mim. Além da razão. Rimas. São construções. Vazou. Perdi um pedaço mas, não era de mim.
(Imagem: Caligrafia islamica)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

PENSAMENTOS DO SÉCULO XVIII

Informações confusas. Movimentos intensos. A repulsão é magnética. Atrai. Tudo me cai. A certeza a mim não cabe. Tudo de mim sai. Lá fora. A chuva. Janelas de tantas vistas. As ações produzem reações. Newton. Nem se imaginava. Voa séculos. Voa tempo. Pedras, imagens, estilos, fases. Dentro de mim tudo cabe. Escorre fluido. Viscoso. Daqui. Labirintos em lúdicos precipicios. Marcas. Não vou nunca mais esquecer. Marcas. Controlo parte do todo. Envio lento. Pertuba o tempo. Passa, passa, vem, vem, escuto o silêncio. Transformo em palavras. Transcende a ação. Contínuo perpétuo. O sagrado se vai. A vida? Contida. O sedutor encanto de tanto sagrado profano. Me engano. Muda o ato. Muda o fato. Acordei sem mim. Poderia existir dentro o próprio fim. Dimensões. Verde e azul. Longe. Branco. Não existe preto. Absorto. Quase imagem. Quase real. Quase. O minímo. O máximo. No fluxo contínuo. O caos esconde uma densa harmonia. Massa escura. Curvas. Relativos. Estar. Marcas. O fim em si mesmo. Nessa terra. Silêncio. Palavra. Ação. Puro caos. Tempo.
(Imagem: Iluminura dos elementos: fogo, terra, água e ar)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

COME BACK...

De volta de Ouro Preto depois de um mês de muito estudo, barroco e arte. O século XVIII é logo ali, e ainda tem gente que fala ser impossível viajar no tempo.

Visões do nada. Não acredito em mais nada. Não vejo mais nada. Implacavel é o tempo. A escuridão é a saída. Luz. Brilha ofuscante. Lamento. Lágrimas. Aconteceu a poucos instantes. Serão quatro dias. Fiquei fria. Implosão do tempo. Não quero ouro. Não quero nada. Não acredito em visões. Nada. A cor que se sobrepõe. Espaço. O tecido preto. Não acredito em nada. Visões. Por pouco tempo. Por pouco nada.

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