quarta-feira, 7 de abril de 2010

TRÁFEGO

Estou parada no tráfego intenso. Nos desacostumamos com o tempo. Não é possível perder tempo. Quanto tempo mais? Ingênuo tempo. Nada é o que parece ser. Nada é o que parece. Por isso precisamos de coisas para lembrar. Agora mesmo acabo de esquecer. Agora mesmo eu queria ser. Parece ser. Nada. Esquecer. Acabo de lembrar de coisas para esquecer.
O peso de toda essa história acaba de me abater. É o que parece. O tempo é implacável sobre o corpo. Parece ser. As horas marcam o tempo. O espaço estático de um tempo móvel. Passa um avião. Corta o céu em seu tempo. Meus olhos. Coisas. Tudo. Quase nada. É o que parece ser.

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